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domingo, 7 de março de 2021


 

Contexto

 

Numa época de excesso de informação, onde abundam os anúncios  de produtos e serviços “milagrosos”  que grassam pela internet, como cogumelos no meio da humidade, a saturação dos consumidores parece ter extravasado os limites da paciência. Assim, publicitar e vender um produto torna-se uma verdadeira arte. Mas já não basta revestir o produto num ”embrulho” vistoso e atrativo, tentando demonstrar por “à” mais “b” que esse é o produto feito à medida do consumidor, ou seja, coisas de marketing onde parece valer quase tudo para vender seja o que for.

 

Enganar, ludibriar de forma mais ou menos encapotada, ou simplesmente omitir determinadas características nocivas de um produto, tem sido a tónica dominante da publicidade a alguns produtos ou serviços, sendo talvez mais comum do que se possa imaginar.

 

Há uma certa tendência para criar grandes espectativas em relação a um produto que por vezes acabam por sair goradas, através da criação de uma série de “imagens” ilusórias, apelando ao lado emocional do consumidornuma autêntica arte manipuladora de sentimentos e emoções.

 

Mas passado tanto tempo com esta fórmula de marketing por vezes agressiva e sem contemplações, os consumidores estão a ficar cansados e começa a despertar um sentido mais crítico que até há pouco tinha estado ausente. As organizações  e Associações de defesa do consumidor tornaram-se veículos importantes para esse despertar e agora o consumidor tornou-se um elemento menos passivo, mais atento,  mais crítico. Como tal, persistir no caminho do “chico espertismo” e da venda do “gato por lebre” que alguns teimam em prosseguir, é um erro para já não falar nos aspectos éticos, pois a curto ou médio prazo essas “negociatas” deixam de ter futuro.

 

A Nova Fórmula

 

Então, como vender um produto sem se tornar um chato e/ou um aldrabão?

 

Em primeiro lugar torne-se um vendedor honesto e integro pois só assim obterá a confiança dos consumidores e consequentemente irá assegurar os seus negócios a médio e a longo prazo. Pode parecer uma velha fórmula saída dos tempos dos nossos tetravôs, mas nos dias que correm é bem preciso lembrar. O “Chico Espertismo”, tão tipicamente português, pode dar os seus “frutos” durante algum tempo, mas não durante o tempo todo, quer porque as regras hoje são muito mais apertadas, quer porque hoje em dia já não há saloios como antigamente.

 

 

 

 


Obs. Para quem não está familiarizado com as expressões da língua portuguesa de Portugal, chama-se pato a uma pessoa que é facilmente enganada (tanso), que cai no "conto do vigário" (vigário=vigarista).  A expressão mais corrente é "cair como um patinho"


Esquematizemos:

 

1.  Integridade, honestidade:

O produto que está a publicitar deve corresponder exactamente àquilo que vende sem acrescentar características inexistentes que o possam beneficiar. É fundamental que acredite naquilo que está a vender e isso exige que também seja honesto consigo, pois acreditando naquilo que vende transmite mais credibilidade ao consumidor;

 

2.    Perceba aquilo que o público realmente quer e precisa sem lhe criar falsas necessidades como muitas vezes o marketing faz;

 

3.    Quando publicitar o seu produto evite frases ou ideias disparatadas ou ainda “piadas de caserna” de gosto duvidoso, pois assim está a passar a ideia de que o consumidor é uma espécie de “atrasado mental” sem sentido crítico. Infelizmente ainda há publicidade que persiste em ir por esse caminho. É também importante que seja objectivo usando a informação que quer transmitir de uma forma simplificada e não fastidiosa;

 

4.  Use a abuse da criatividade de forma positiva (tendo em conta o que foi dito até agora). Seja divertido e use o humor como ferramenta, pois são sempre características muito atractivas e que dispõem bem. As pessoa já estão fartas de tragédias, por isso fazer algo divertido e com humor é a sua mais valia.

 

5.  Não “copie” outros anúncios! Se assim proceder ou se simplesmente fizer algo parecido com o que já existe, vai passar a ideia de ser incapaz de criar algo original e verdadeiramente seu. Desce no “ranking” dos consumidores!

 

A criatividade

 

 A criatividade é algo que por vezes fica bloqueada e não surge quando mais precisamos. Quando esse bloqueio acontecer e não conseguir realizar aquilo que tinha projectado, faça uma pausa, largue a mesa de trabalho e vá fazer uma sesta ou dar um passeio, seja o que for, mas não fique a matutar no assunto pois isso cria tensão na sua mente e a criatividade, que é predomínio do cérebro direito, não gosta de constrangimentos, precisa de espaço e de muita liberdade para se exprimir e consequentemente persistir num bloqueio é contrário à sua natureza. Tem de dar “espaço” para que a imaginação se recomponha e tente encontrar a “solução ideal” para o seu projecto. Se assim proceder poderá ter a certeza de que a ideia inspiradora irá surgir.

 

Caro/a leitor/a espero que este pequeno texto lhe tenha sido útil de alguma maneira. Querendo pode dar algumas sugestões, ou até fazer críticas, pois desde que bem fundamentadas serão com certeza úteis e bem vindas. 


Texto original de Pimenta

 

Veja também os textos humorísticos:

https://blogdapimenta11.blogspot.com/search/label/humor